O Grupo de Trabalho (GT) da Mineração, criado pelo Conselho Permanente no âmbito da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se reuniu pela primeira vez entre os dias 24 a 25 de julho em Brasília. O MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração é uma das organizações que integram o GT.

De acordo com o assessor da comissão Frei Olavo Dotto, a reunião teve como objetivo “conhecer a realidade da mineração e das mineradoras no Brasil e seus impactos; estruturar o GT para que a Igreja do Brasil tenha uma ação articulada diante dessa temática”.

Segundo o bispo de Viana (MA), recém destacado como presidente do GT, dom Sebastião Lima Duarte, há um projeto do capital internacional para o qual o Brasil está colocado como o país da matéria prima que deve ser explorado. O religioso disse que grandes empresas estão vindo para o Brasil explorar nossos minérios, com o aval do Governo Federal, sem levar em conta as comunidades tradicionais e os povos que habitam os territórios.

Impactos na vida dos pobres
“Percebemos um movimento do governo Federal no sentido de quase que liberar geral para que as empresas possam usufruir ao máximo dos bens do subsolo brasileiro. Esta não é uma realidade nova, mas que a Igreja no Brasil precisa ter uma outra visão porque impacta diretamente a vida dos pobres e comunidades”, concluiu.

Além do caráter de aprofundamento da realidade, o GT que estabeleceu suas prioridades, ações e agenda de atividades. Entre as prioridades, está o mapeamento das regiões que mais sofrem os impactos da mineração, bem como os grupos que já atuam na área. O GT também buscará publicar textos e materiais mais robustos e incisivos para mobilizar e dar visibilidade ao tema junto à Igreja no Brasil. A próxima reunião está marcada para dezembro deste ano.

 

Fonte: CNBB