Como se organizar para enfrentar esse modelo mineral que não respeita o modo de vida dos pequenos agricultores? Quais as alternativas econômicas para a região tendo em vista que a promessa de emprego convence a população a apoiar os grandes projetos?

Essas foram as duas questões principais discutidas pela comunidade de Ubatã (BA) durante Assembleia Popular da Mineração realizada no dia 20 de outubro. A comunidade enfrenta problemas com o completo mineral FIOL – Porto Sul. Mais de 200 pessoas, oriundos das cidades de Ubaitaba, Ubatã, Gongogi e Ibirapitanga participaram dos debates.

A atividade iniciou com as falas dos professores Thiago Reis Góes, pesquisador doutorando da UFBA; Mendes, pesquisador da CEPLAC e a professora Ingrid Freitas do IFBA campus Salvador, que explicaram como se dá o funcionamento deste modelo mineral e como ele é antidemocrático, antipopular e antinacional. Logo depois, os trabalhadores e trabalhadoras, que vivem em conflito com o atual modelo mineral, participaram da “fila do povo” apontando os principais problemas enfrentados e a necessidade de se organizar em comissões com amplos setores da sociedade para pautar um novo modelo de política mineral. Como alternativa econômica foi discutido o potencial da região em desenvolver plantações baseadas em princípios agroecológicos.

Entre os encaminhamentos da Assembleia foi criada uma comissão que tem como tarefas: fazer trabalho de base e formação que coloquem na ordem do dia a necessidade de uma soberania popular na mineração.

Comunicação MAM/BA