A vítima tinha 44 anos, não pertencia a grupo de risco e trabalhava na Fundação Renova, instituição criada pelas mineradoras e governos para negociar as indenizações e reparações causadas pelo crime da Samarco/Vale/BHP Billiton no rompimento da barragem Fundão em Mariana, em 2015. A Fundação Renova age como agente das mineradoras, e todos os processos de reparação pouco avançaram nestes mais de 4 anos do crime.

E fato grave: a mineradora Vale NÃO paralisou suas atividades em Mariana e em outras regiões do país. A Vale, assim, coloca em risco a vida dos trabalhadores diretos e terceirizados. E amplia a rapidez de disseminação do coronavírus em Mariana, e em todos municípios em que opera.

A morte do morador de Mariana foi confirmada pelo secretário de saúde do município, Danilo Brito, na manhã desta quarta-feira (1º). “No nosso entendimento, é uma transmissão comunitária. O paciente não deslocou para regiões de risco ou para fora do país”, esclarece.

Não podemos aceitar a irresponsabilidade da Vale e das demais mineradoras! As pessoas já estão morrendo pelo novo coronavírus. A não paralisação do complexos minerários implica em um risco maior para toda a população das regiões mineradas.

A mineração precisa parar!