Bolsonaro decreta mineração como atividade essencial e submete trabalhadores, comunidades e municípios minerados a um risco maior de contágio do coronavírus

Em novo decreto, publicado no dia 28/04, que altera a listagem de serviços essenciais durante a pandemia, o governo Bolsonaro ampliou a lista e incluiu inúmeras atividades como essenciais, entre elas a mineração.

Dessa maneira o governo, mais uma vez, vai na contramão de todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de entidades médicas.

As mineradoras não pararam suas atividades desde que deflagrada a crise sanitária no país. Os efeitos da continuidade da mineração já são sentidos em todas as regiões mineradas. O número crescente de trabalhadores do setor mortos e a ampliação de casos confirmados de covid 19 demonstram a enorme capacidade de disseminação do vírus através das atividades minerárias.
A produção mineral no país não é condicionada às necessidades da sociedade brasileira, é guiada pela lógica de acumulação de lucros pelo grande capital e destinada à exportação sem nenhum tipo de beneficiamento. A inclusão da mineração como atividade essencial é um escárnio e um atentado contra a vida do povo.

Este ato do governo Bolsonaro realça sua face genocida e seu caráter fascista, que despreza o valor da vida e submete os trabalhadores a condições de extermínio, desde que garantindo a manutenção da lucratividade ao capital mineral.

O MAM repudia a inclusão da mineração como atividade essencial e continuará batalhando pela suspensão das atividades minerárias, com a garantia de emprego e pagamento integral de salários e benefícios aos trabalhadores.

Direção Nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM.