O governo brasileiro recebeu críticas e foi cobrado em relação a sua política ambiental pelo governo da Noruega. O país europeu – principal financiador do Fundo Amazônia -, anunciou corte de metade dos recursos enviados por causa do aumento do desmatamento no Brasil.
Mas a política de exploração de petróleo e gás da Noruega também é alvo de críticas de ambientalistas e entidades como o Greenpeace.
No Brasil, o foco é a atuação de uma mineradora que tem como principal acionista o Estado Norueguês. A questão foi levantada pela empresa de comunicação pública britânica BBC.
A Hydro tem sido alvo de ações judiciais e denúncias do Ministério Público Federal (MPF) por danos ao meio ambiente. Entre as acusações que pesam contra a empresa, está a contaminação de rios e expansão da extração de bauxita para territórios quilombolas.
Para o Procurador Federal Bruno Valente, as atividades de mineração da empresa tem impactado comunidades quilombolas, indígenas e populações ribeirinhas.
Trinta e quatro ações judiciais e investigações em trâmite no Pará, abertas a partir da atuação do Ministério Público Federal, citam a Hydro. A mineradora estrangeira está presente em três estados brasileiros. Rio de Janeiro, São Paulo e Pará.
A maioria das operações ocorrem em cidades paraenses. Em Trombeta, oeste do estado, a Hydro é acionista da Mineração Rio do Norte. No nordeste paraense a empresa é proprietária de uma mina de bauxita, em Paragominas, além da refinaria Hydro Alunorte e da fábrica de alumínio Albras, ambas instaladas no Polo Industrial de Bacarena.
De acordo com a própria mineradora, um vazamento de resíduos de bauxita proveniente da Alunorte gerou na Justiça mais de 5.300 processos. Apesar de ainda haver pendências judiciais relacionadas ao caso, a maioria teve decisão favorável a empresa.
O motivo seria a falta de comprovação de que os danos sofridos foram causados pelo consumo da água contaminada com resíduos de bauxita.
A mineradora destaca que além de reabilitar as áreas onde a companhia realiza atividades de mineração, também reabilita áreas que foram abertas antes da aquisição, em 2011.
O governo da Noruega não retornou o nosso contato.
Fonte: EBC
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