“As comunidades vivem há anos em conflito com o Projeto Pedra de Ferro da Bahia mineração e só agora estão se encontrando enquanto sujeito coletivo”.
A afirmação é do dirigente nacional do MAM, Beni Eduardo, em razão da ocupação realizada por camponesas e camponeses da região do Alto Sertão da Bahia, no dia 27 de novembro, na sede do INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia, em Guanambi.
A ocupação teve como objetivo denunciar as consequências da extração de minério da Bahia Mineração – BAMIN e construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste para o escoamento mineral.
Em razão da mobilização, o Inema recebeu representantes das comunidades que questionaram o conjunto de licenças concedidas pelo órgão a empresa e denunciaram os riscos e gravidades do projeto para a vida das populações. O órgão se comprometeu a enviar uma equipe técnica especializada para fiscalizar o projeto da BAMIN.
“Nossa barragem é onde nossas famílias tiram o sustento e na hora que eles levarem os explosivos, o que será? Não deixaremos essa ferrovia passar em nossas comunidades”, disse Luciana da comunidade Curral Velho, município de Caetité.
O MPE – Ministério Público Estadual também recebeu os representantes para ouvir as denúncias e ressaltou o compromisso com a defesa dos direitos sociais e ambientais. O órgão se comprometeu em dar uma resposta às famílias até o dia 6 de novembro a respeito das recomendações que foram enviadas pelo MPE à Bamin em outubro. (Leia a matéria sobre as recomendações do MPE à mineradora no link: https://goo.gl/WMcb6w)
Presente na ocupação, o pároco da cidade de Guanambi, Padre Eutrópio, destacou que “nenhum desenvolvimento pode estar acima do respeito ao ser humano”.
Saiba mais em: https://goo.gl/p2qErG
Comunicação MAM/BA
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