Entre os dias 6 a 10 de agosto acontece em Brasília, o Encontro com Comunidades Atingidas pela Mineração na América Latina, promovido pela CNBB, pelo Conselho Episcopal da América Latina (CELAM), pela rede Igrejas e Mineração e pela aliança internacional de agências católicas de desenvolvimento CIDSE.
O Encontro tem por objetivo, dentro do espírito da Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, “promover um diálogo com as Igrejas locais e suas hierarquias” e “elaborar estratégias comuns em defesa das vítimas, das comunidades e seus territórios, através de um olhar e um compromisso que derivam de uma fé solidária”. Se trata de um segundo encontro, o primeiro foi realizado em 2015, no Vaticano.
A coordenação do encontro será do bispo brasileiro Dom Sebastião Lima Duarte, presidente do Grupo de Trabalho sobre Mineração da CNBB, e será iluminado pela Carta Pastoral sobre a Ecologia Integral do CELAM, publicada em março.
O próximo Sínodo sobre a Amazônia, previsto para outubro de 2019, será um dos temas de reflexão, uma vez que se trata de uma de uma região, do nosso planeta, mais ameaçada pela mineração.
Ao final dos trabalhos, será apresentado um documento que será enviado ao Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, no Vaticano, para o CELAM, para a CNBB, outras conferências episcopais latino-americanas e comunidades religiosas, afirmando que o rosto da igreja é o rosto das comunidades ameaçadas por projetos extrativistas.
Em uma entrevista concedida à Rede Igrejas e Mineração, a antropóloga brasileira, Moema Miranda a firma uma das coordenadoras do encontro, “o que as comunidades atingidas esperam é uma posição firme e profética das igrejas. Como o Papa Francisco disse, essa economia mata e nas comunidades estamos vendo isso todos os dias. Este é o momento em que a Igreja Profética, em favor dos pobres e da terra, se torna urgente e necessária”.
Fonte: Fala Chico
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