Vale chantageia Catas Altas para obter licença da Mina TamanduáUma semana após o Prefeito de Catas Altas, José Alves Parreira, decretar a revogação da declaração de conformidade do projeto de expansão da mina São Luiz, a mineradora Vale comunicou que paralisaria suas operações na cidade até recuperar o documento anulado pela prefeitura.
O nome disso é chantagem! Para a Vale não importa os impactos sociais e ambientais do seu projeto. Também não importa se a reabertura das minas Tamanduá e Almas vai ameaçar a captação de água de todo município. Não se importa também se a reabertura destas duas minas vai comprometer o turismo da cidade histórica. O seu interesse é apenas maximizar os lucros dos seus acionistas, independente das consequências negativas que a reativação destas minas causará à população cataltense.
Em seu projeto de expansão da mina São Luiz está incluso a reativação das minas Tamanduá e Almas. Estas cavas estão localizadas muito próximas ao distrito do Morro da Água Quente e à sede do município de Catas Altas. A reativação dessas minas irá agravar ainda mais os problemas na saúde decorrente da emissão do pó de minério e prejudicará, substancialmente, os mananciais que abastece toda a cidade. Além disso, as cavas irão desconfigurar completamente e de forma irreversível a Serra do Caraça, cartão postal e um dos principais atrativos turísticos do município.
A Vale anuncia a paralização da mina Tamanduá sem nenhum aviso prévio aos trabalhadores, à Prefeitura e ao conjunto da população de Catas Altas. O anuncio se dá, justamente, na semana de realização da audiência pública onde será debatido o seu projeto de expansão. Isso demonstra a chantagem que a Vale está fazendo com a cidade. Fica evidente que esta é uma movimentação de represália à decisão da Prefeitura. E de uma forma covarde e irresponsável de tentar pressionar o poder público e a população para que o município recue em sua decisão e ela possa prosseguir com seu pleito de explorar a mina Tamanduá.
Denunciamos essa ação chantagista da Vale e reforçamos a necessidade de fortalecer a mobilização para barrar esse intento criminoso da mineradora de destruir a Serra do Caraça. Mineração no Tamanduá: Não!
Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM
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