Aconteceu durante todo esse sábado, 14/03, na cidade de Manhuaçu a primeira reunião regional da comissão que tem a missão de impedir a chegada da mineração nessa região que é grande produtora de águas, possui fortíssima agricultura familiar e agroecologia, preservação ambiental e turismo.

Berço das Águas
A região do Caparaó é um grande berço das águas, com incontáveis nascentes, cachoeiras e córregos de três importantes bacias hidrográficas, a do rio Itabapoana, Rio Itapemirim e Rio Doce.

Agricultura Familiar e Agroecologia
A região do Caparaó está inserida na Zona da Mata de Minas Gerais que é Polo Agroecológico e de Produção Orgânica do estado.
Nessa região também está um dos mais importantes polos de produção de café de montanha do país, atividade que move a economia da grande maioria dos municípios.
Além disso é uma região que se destaca pela forte e diversificada produção de alimentos com a agricultura familiar.

Potencial Turístico
O potencial turístico da região é tão grande que foi criado, em 1961, o Parque Nacional do Caparaó para proteger essas belezas. É no parque que está inserido o Pico da Bandeira, terceiro maior do país. Além dele, estão na Unidade de Conservação (UC) cinco dos dez picos mais altos de todo o território nacional.

Por tudo isso estar ameaçado pela possibilidade de chegada da mineração de bauxita da empresa Curimbaba, as organizações sociais e sindicais da região se juntaram formando essa comissão. Nessa primeira reunião foi feito um histórico do caso e posteriormente um planejamento de ação para todo o ano de 2020, com ações regionais importantes como caminhadas, manifestação, cursos de formação e Assembleias Populares sobre a Mineração principalmente.

A comissão conta hoje com representação de 10 municípios, sendo eles Manhuaçu, Simonésia, Santana do Manhuaçu, Martins Soares, Luisburgo, São João do Manhuaçu, Manhumirim, Mutum, Divino e Santa Margarida, que saíram da reunião com o compromisso de cada representante provocar uma reunião municipal para debater a mineração e a partir daí planejar cada passo nos municípios.

O grito que ecoou o dia todo do encontro e que foi a uma só voz não podia ser outro:
“MINERAÇÃO, AQUI NÃO”