Hoje pela manhã tomamos um café amargo ao receber a triste notícia da morte do nosso companheiro Joaquin Piñero. Logo de cara, pensamos: tão jovem, quantas batalhas ainda teria de enfrentar pelo povo brasileiro, pela sua gente.
Entretanto, o mais simples pensamento para quem conheceu Joaquin traz um puro sentimento de que ele foi uma figura daquelas que viveu 100 anos nos seus 52 de vida. Uma vida intensa, que abrigou, em um mesmo homem versátil, vários Joaquins. Toda essa versatilidade cabe à história resguardar. À nós, cabe eternizá-lo em nossos corações.
Joaquin é uma daquelas figuras companheiras que todo mundo que viveu com ele, em algum canto dessa América Latina, tem uma história para contar. Era onipresente em vários momentos. Figura indispensável na luta, nas decisões políticas e nos goles festeiros quando da confraternização entre companheiros e companheiras.
Risonho, resenhista, sarcástico, humorista, talvez seja um dos poucos militantes que tenha levando tão a sério os mandos de Ernesto Che Guevara: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”.
Era a figura de todas as horas, por isso sua intensidade de vida marca uma geração de entrega militante e faz novas gerações perceberem os valores militantes em um tempo de guerra, desgastado, com cheiro de gente desanimada, mostrando sempre que devemos seguir ativos e altivos.
Até breve, companheiro Joaquin. Figuras como você podem desaparecer fisicamente, mas nunca a sua pedagogia de luta sairá do pensamento daqueles que vibram e buscam um Brasil mais justo e digno ao seu povo.
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