A mineração predatória é um velho fantasma do estado de Minas Gerais. Desde os tempos de colônia, a região tem sido ostensivamente destruída pela exploração de sua riqueza mineral. A região do Serro, na Serra do Espinhaço, é uma das poucas regiões de Minas que ainda não foi totalmente depredada pela mineração de grande porte. A luta para impedir o avanço de projetos dessa natureza no município já dura muitos anos.
Após ter seu projeto rejeitado por inconformidades ambientais, a Anglo American vendeu os direitos minerários no Serro para a empresa Herculano, que é quem atualmente tenta implantar um grande projeto para explorar minério de ferro na região. Em conchavo com a prefeitura do Serro, a Herculano tem buscado apoio de parte da população local através da disseminação de informações falsas, promessas vazias e documentos mentirosos.
Os danos ambientais, sociais e culturais do projeto são gravíssimos. O abastecimento hídrico de toda região está em risco. Além disso, há previsão de impacto destrutivo no patrimônio histórico e arquitetônico da cidade do Serro, tombado desde 1938.
Pensando em ampliar a visibilidade dessa questão, um grupo de artistas de todo o Brasil se uniu ao Movimento pelas Águas na produção de um videoclipe-manifesto: “SALVEM AS ÁGUAS”. A partir de uma composição de Renato Tupy, artista residente em São Gonçalo do Rio das Pedras, o coletivo produziu uma obra audiovisual com diversos convidados especiais manifestando seu apoio à causa. Ao lado de mineiros como Ceumar, Sérgio Pererê, Débora Falabella e Daniel de Oliveira, o vídeo também conta com a participação de figuras como Mônica Salmaso, André Abujamra e Ava Rocha.
“Fazer este lançamento no Dia Mundial da Água é uma forma de mostrar que a luta não diz respeito somente às populações locais. É uma luta de todos nós”, afirma Marcelo Machado, representante do Movimento pelas Águas. “A crise da água é certamente a nossa próxima grande crise mundial, e nós da região do Serro precisamos entender a importância estratégica deste nosso aquífero. Não é à toa que o cerrado é conhecido como a caixa d´água do Brasil”, completa.
A canção tem a produção musical de Luiz Gabriel Lopes, Mateus Bahiense e Renato Tupy, com mixagem e masterização de Kiko Klaus. O videoclipe tem a direção de Igor Amin.
Além do videoclipe no Youtube, a música estará disponível também no Bandcamp, numa parceria com o selo ativista Agami Records, pra que as pessoas possam ouvir e baixar através de uma doação mínima, que será revertida para as ações do movimento.A mineração predatória é um velho fantasma do estado de Minas Gerais. Desde os tempos de colônia, a região tem sido ostensivamente destruída pela exploração de sua riqueza mineral. A região do Serro, na Serra do Espinhaço, é uma das poucas regiões de Minas que ainda não foi totalmente depredada pela mineração de grande porte. A luta para impedir o avanço de projetos dessa natureza no município já dura muitos anos.
CRÉDITOS
Com :: Cátia de França – Débora Falabella – Mônica Salmaso – Sérgio Pererê – Renato Tupy – Luiz Gabriel Lopes – Daniela Passos – Mateus Bahiense – Déa Trancoso – Bernardo do Espinhaço – Gustavito – Tainá de Hollanda – Marcos Cantanhede – Igor Amin – Paulo Antunes – Daniel de Oliveira – Sol, Tui e Tainá (crianças) – Sérgio Biazin – Matias Hansen – Pollyana Rodrigues – João Arruda – Sofia Mangiarelli – Michel Melamed – Letícia Colin – Drica Moraes – Helvécio Ratton – Simone Mattos – André Abujamra – Ava Rocha – Regina Braga – Nádia Campos – Luciana Moreno – Fernanda Vianna – Rodolfo Vaz – Bárbara Colen – Ceumar – Zelu Braga – Nath Rodrigues – Di Souza – Michelle Andreazzi – Lucas Santtana – Sara Baga – Luiza Vianna
Música :: ÁGUA QUE DEUS DEU
(Renato Tupy – Luiz Gabriel Lopes – Sara Baga)
Filme :: SALVEM AS ÁGUAS
Realização: Produtores Audiovisuais Rurais
Direção e Montagem: Igor Amin
Fotografia Aérea: Marcos Cantanhede
Fotografia Adicional: Convidados
Produção: Luiz Gabriel Lopes
Produção musical: Luiz Gabriel Lopes – Renato Tupy – Mateus Bahiense
Mixagem e Masterização: Kiko Klaus
Parceiros :: Produtores Audiovisuais Rurais; Ecovila Ayrumã; N’Golo – Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais; Agami Records; MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração; Movimento pelas Águas do Serro e Santo Antônio do Itambé.
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