A empresa não cumpriu as condicionantes determinadas para sua operação.
Por coletivo comunicação CE
A mineradora Globest, que voltou a operar em meados de 2023, teve novamente sua licença caçada pela Superintendência Estadual de Meio Ambiente (SEMACE). Desde 2017, a mineradora estava sob embargo devido a repetidos crimes socioambientais.
Ao operar a lavra de minério de ferro na comunidade de Bandarro, no município de Quiterianópolis, interior do Ceará, a empresa novamente descumpriu com suas obrigações de proteção à natureza e mitigação dos impactos para população local.
Em maio de 2023, a Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Quiterianópolis e a Superintendência Estadual de Meio Ambiente haviam concedido uma licença ambiental que permitiu o retorno das operações da mineração, impondo condições que deveriam ser seguidas durante a exploração.
No dia 06 de março de 2024, a SEMACE, em conjunto com a SEMA (Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima), emitiu um comunicado direcionado à Globest , suspendendo a licença ambiental devido ao descumprimento das condições acordadas no processo de liberação ambiental.
“Para nós do MAM a suspensão da licença da mineradora só comprova mais uma vez que estamos do lado certo da história. Porque a mineradora Globest continua irresponsável e criminosa desrespeitando todas as condicionantes impostas pelo órgão ambiental e ao mesmo /tempo poluído a terra, a água e ar que são fonte de vida para o território camponês de Bandarro”, reclama Erivan Silva, da direção nacional do MAM.
Em comunicado à imprensa os órgãos ambientais estaduais também informaram que “estão sendo tomadas pela Diretoria de Fiscalização as providências necessárias para apurar possíveis infrações ambientais decorrentes do descumprimento das condições estabelecidas”.
Na comunidade, a paralização da empresa foi comemorada. “É uma vitória, porque há muitos anos a comunidade vem sofrendo com os impactos da mineração, a qual nós tivemos muitos danos ambientais, hoje podemos contar com mais uma vitória da paralização da Globest, mas não podemos parar, a luta continua”, comenta Silvia Macedo, que vive em Bandarro.
Movimento pela Soberania Popular na Mineração.
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