Três mineradoras na cidade seguem em plena atividade mesmo com risco de contaminação comunitária
A Bahia, que está entre os cinco estados mais minerados do país, e também está sofrendo risco de contaminação comunitária do Covid-19 por intermédio da atividade de mineração. Um dos exemplos se encontra no polo minerador de Brumado, onde trabalhadores/as da mineração estão em plena atividade. O município já registrou cinco casos confirmados, 12 aguardam resultados e há 295 casos notificados.
Contudo, as mineradoras RHI Magnesita, Xilolite S/A e Ibar Nordeste Ltda. não suspenderam suas atividades, mantendo um fluxo diário de muitos trabalhadores/as saindo de suas casas e trabalhando em contato uns com outros, correndo o risco de se contaminarem com o coronavírus. A RHI Magnesita, a mais notória entre as três empresas, é a líder global da indústria de refratários, tendo o maior número de unidades no mundo, mas não tem tomado nenhuma medida no tangente à segurança do trabalhador/a. A mineradora está em solo brumadense desde 1939.
Brumado possui quase 70.000 habitantes, fora os trabalhadores/as que vem de fora para morar e trabalhar nas mineradoras. Entretanto, possui apenas 100 leitos para atender a cidade e região. Em 2019, o trio minerador, somente com relação à extração da Magnesita, teve um lucro de R$75 milhões (RHI Magnesita), R$11 milhões (Xilolite S/A), R$ 6 milhões (Ibar Nordeste Ltda.). Enquanto isso, a população reclama. “Essas mineradoras só lucram às custas do povo e, na hora de retribuir, como agora, em vez de parar sua atividade e garantir a segurança do trabalhador e da trabalhadora, seguem normalmente suas atividades. Estamos com medo”, pondera seu Anízio Ferreira, morador de Brumado e pai de um trabalhador da mineração.
*Por Coletivo de Comunicação do MAM (BA)
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